“Descer o pau” no SUS é quase uma instituição
nacional, sobretudo para quem acha que não precisa dele, como se a maioria dos
tais planos de saúde estivessem com esta corda toda no que se refere a cobertura,
rapidez e facilidade de acesso a consultas e procedimentos. Para se ter uma
ideia, no momento o SUS está cobrando algo em torno de 45 bilhões a planos de
saúde que costumam “empurrar” para ele
os procedimentos mais caros, como as cirurgias bariátricas, por exemplo.
O custo com internações e tratamentos relacionados à obesidade na rede pública
apenas no ano de 2011 pode ter chegado próximo de R$ 490 milhões. Um quarto
desse valor está relacionado à obesidade grave. É o que estima um estudo conduzido pela UnB (Universidade de Brasília) e
divulgado, nesta terça-feira, pelo Ministério da Saúde.
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acaba por “pagar o pato” dos planos de saúde
Como comparação, o ministério vai gastar R$ 130 milhões por ano com a
incorporação no SUS do medicamento trastuzumabe contra o câncer de mama inicial
e avançado.
A estimativa leva em conta tanto o atendimento de problemas diretamente
relacionados à obesidade quanto cuidados com 26 doenças relacionadas ao excesso
de peso --por exemplo, diabetes, hipertensão arterial e diversos tipos de
câncer.
"Se considerássemos só o custo da obesidade em si teríamos R$ 32
milhões, que é o custo da cirurgia bariátrica. Mas, a partir de dados
epidemiológicos, em que avaliamos a associação a doenças e o percentual de
casos de diabetes e hipertensão devidos à obesidade, a gente conseguiu chegar a
um custo mais alto e verificar o quanto a obesidade onera o SUS", disse Michele
Lessa, autora da pesquisa.
Do custo total de R$ 488 milhões estimado para 2011, R$ 166 milhões estão
ligadas a doenças isquêmicas do coração, R$ 30 milhões ao câncer de mama e R$
27 milhões à diabetes.
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