A instrumentalização ou uso da Igreja contra o processo democrático – na forma de demonização da Dilma Rousseff – feita por setores do clero e mesmo que com apoio velado de seus superiores, é um flagrante desrespeito a fé cristã e a consciência dos fieis que se setem traídos e começam a questionar a igreja de que são parte, a quais interesses serve, efetivamente.
Cristãos começam a reagir ao oportunismo religioso de Serra. A presença do candidato do conservadorismo nativo na missa da festa de São Francisco, em Canindé (CE), neste sábado, pode ter sido um ponto de inflexão. A festa é o grande evento religioso da cidade, onde acontece a maior romaria da América Latina, em homenagem a São Francisco. Quando chegou, Serra foi vaiado do lado de fora por manifestantes pró-Dilma.
O candidato chegou a ser empurrado num início de conflito. "Gostaria que a missa não fosse tumultuada com os políticos que aqui chegaram, por favor. Se vieram com outra intenção, peço que saiam assim como entraram. Isso é uma profanação", advertiu o celebrante olhando fixamente para a fileira da frente onde já se encontra o tucano.
Perto do fim da missa, o frade exibiu um panfleto contra Dilma e foi mais duro ainda: "Acusam a candidata do PT em nome da igreja. Não é verdade. A plateia aplaudiu. "Não está autorizada essa coisa. A igreja não está autorizando essas coisas".
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