A tal correria dos novos tempos, entre aspas,
parece vir tentando relativizar a grande
importância do sono para a saúde,
para a vida. Entretanto, esqueceram-se de avisar a ‘natureza’ e ela continua com
sua programação normal, onde sono é,
literalmente, vital.
“Dormir mal pode consumir seu cérebro...
Se você não gosta de perder tempo dormindo, um
alerta: privação de sono pode
contribuir para a autodestruição do
cérebro. Ao menos é o que sugere um experimento com camundongos feito na
Universidade de Wisconsin, Estados Unidos, e na Universidade Politécnica de
Marche, Itália.
O trabalho indica que deixar o sono de lado causa um aumento na
atividade dos astrócitos, células do cérebro responsáveis por remover conexões
(sinapses) desnecessárias e tornar os circuitos mais eficientes (Journal of Neuroscience, 24 de
maio). Essa faxina cerebral ocorre normalmente durante o sono.
No estudo, quando os animais dormiam o suficiente,
foi constatado que 6% das sinapses foram removidas. Esse nível de limpeza é
considerado saudável. O índice subia para 8% quando os camundongos eram
mantidos acordados por mais oito horas e 13,5% se a privação de sono se tornava
crônica e drástica e se prolongava por cinco dias seguidos.
A conclusão geral do estudo é de que a faxina
exagerada de sinapses em razão de um período estendido de vigília pode causar
danos cerebrais.
Outros trabalhos já apontaram malefícios
decorrentes da privação crônica de sono no funcionamento de outras células,
como as micróglias, responsáveis pelo sistema
de defesa imunológica do cérebro.
Dormir pouco faria com que as micróglias
alterassem seu regime de trabalho, um distúrbio que poderia estar associado ao
desenvolvimento de demências, como a doença de Alzheimer.
Sempre dá tempo para repensar... E reconsiderar!
Os tais hábitos pós-modernos.
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