(...)Não somos Deus
e querer ser “Deus” nos leva à loucura. A idéia do homem como
“Deus” se transformou num pesadelo. Mas ele se esconde ainda
atrás do “tina” (there is no alternative) neoliberal:”não há
alternativa, este mundo é definitivo.” Ridículo. Demo-nos conta
de que “o saber como poder”(Bacon) quando feito sem consciência
e sem limites éticos, pode nos autodestruir. Que poder temos sobre a
natureza? Quem domina um tsunami? Quem controla o vulcão chileno
Puyehe? Quem freia a fúria das enchentes nas cidades serranas do
Rio? Quem impede o efeito letal das partículas atômicas do urânio,
do césio e de outras liberadas, pelas catástrofes de Chernobyl e de
Fukushima? Como disse Heidegger em sua última entrevista ao Der
Spiegel: ”só um Deus nos poderá salvar”. (…)
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