segunda-feira

A destituição de Deus e o deus da modernidade

É um texto onde o Leonardo Boff analisa como a destituição de Deus criou um “complexo de Deus” que ameaça a todos, já que o neoliberalismo com o seu axioma: “não há alternativa, este mundo é definitivo”, que sem entrar no mérito filosófico ou teológico, com o andar da carruagem pode nos deixar ‘sem alternativas’, em função da forma predatória com que vimos tratando o planeta.

(...)Não somos Deus e querer ser “Deus” nos leva à loucura. A idéia do homem como “Deus” se transformou num pesadelo. Mas ele se esconde ainda atrás do “tina” (there is no alternative) neoliberal:”não há alternativa, este mundo é definitivo.” Ridículo. Demo-nos conta de que “o saber como poder”(Bacon) quando feito sem consciência e sem limites éticos, pode nos autodestruir. Que poder temos sobre a natureza? Quem domina um tsunami? Quem controla o vulcão chileno Puyehe? Quem freia a fúria das enchentes nas cidades serranas do Rio? Quem impede o efeito letal das partículas atômicas do urânio, do césio e de outras liberadas, pelas catástrofes de Chernobyl e de Fukushima? Como disse Heidegger em sua última entrevista ao Der Spiegel: ”só um Deus nos poderá salvar”. (…)


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